Jesus Cristo é o Senhor
Olhando para a nossa realidade circundante, verificamos que
as crianças experimentaram um contacto diversificado com a pessoa de Jesus. A
imagem que têm Dele foi acompanhando o seu próprio crescimento e foi-se
transformando: no princípio, Jesus era o “melhor amigo”, depois foi introduzido
como o Filho de Deus. Agora, deve nascer a consciência que Jesus é o Senhor.
Ele foi Homem como nós, excepto no pecado, e inaugurou um novo reino de
felicidade e salvação. Esse reino perpetua-se através da Igreja e renova-se
diariamente em todos nós. Cristo é, portanto, o “Senhor” e Senhor da nossa
vida. Mas, o que significa ser o “Senhor”?
No Antigo Testamento, Deus revelou-se a Moisés por “Eu sou
Aquele que sou” (Ex 3, 14), ao que os Gregos traduziram por Kyrios, ou seja, “Senhor”. Por esta
altura os reis governavam engrandecidos pelo seu nome. Era como que o seu
passaporte e espelhava a sua missão. Deus, enquanto rei de Israel,
apresentou-se como o Senhor. No Novo Testamento, Jesus é reconhecido como sendo
o próprio Deus, logo Ele é Senhor.
Sabemos, pelos evangelhos, que várias pessoas se aproximaram
de Jesus invocando este título cristológico. Pretendem exprimir o “respeito e a
confiança dos que se achegam a Jesus e esperam dele ajuda e cura” (CCE 448).
Reconhecendo a acção salvífica e taumatúrgica de Cristo (o Ungido) mais não
podem senão exclamar: “É o Senhor” (Jo 21, 7).
O mesmo convite é lançado a todos nós: reconhecer que Jesus
Cristo é o Senhor! Percorrer este caminho implica, portanto, uma confissão de
fé (apenas possível pela acção do Espírito Santo) onde O aceitamos como Filho
de Deus e O temos como centro da nossa vida. Por sua vez, esta confissão
comporta um modo de vida muito particular: a opção fundamental por Cristo. Diz
o Evangelho que “ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um
deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mt 6, 24).
O mesmo é dizer que apenas devemos submeter a nossa liberdade a Deus Pai e ao
Senhor Jesus Cristo e a mais ninguém: seja o dinheiro, fama ou outras paixões
(cf. CCE 450).
Por fim, não podemos deixar de mencionar que qualquer oração
cristã e, em especial, a Eucaristia são constantes hinos ao senhorio de Jesus.
Nelas convidamos à oração através de “o Senhor esteja convosco” e terminamos
“por nosso Senhor Jesus Cristo”. No acto penitencial, por exemplo, clamamos:
“Kyrie, eleison”, ou seja, “Senhor, tende piedade de nós”. É o reconhecimento
de que Jesus é o centro de toda a vida cristã.
Olá Luís. Boa tentativa!
ResponderEliminarAlguns bitaites:
Como é que nesta idade da pré-adolescência é, humanamente, tematizada a relação de dependência, submissão diante do outro? Isso seria importante para perceber como é que se propõe, mesmo que teologicamente, o senhorio de Cristo...
Viva, Rui.
EliminarPenso que a questão se resolve, vendo pela perspectiva de plenitude.
Perceber quem é que, realmente, dá vida em plenitude, seja lá como for entendida, e aderir a Ele.
P. Luis!
ResponderEliminarDiz-me por favor, esta citação (CCE 448) refere-se a que obra, ou a que autor?
Obrigada
Mª. Graça, hsc
"Sabemos, pelos evangelhos, que várias pessoas se aproximaram de Jesus invocando este título cristológico. Pretendem exprimir o “respeito e a confiança dos que se achegam a Jesus e esperam dele ajuda e cura” (CCE 448).
Olá Ir. Graça
EliminarCCE é "Catecismo da Igreja Católica", na sua sigla em latim!
P. Luis!
EliminarObrigada pelo esclarecimento. Conhecia a sigla (CIC) Assim, fico com + uma informação.
Mª. Graça, hsc