Vocação

Perceber-se como homem ou mulher chamado/vocacionado, consiste em assumir que a vida, e o seu sentido, só se percebem através da doação. Viver a própria vocação é saborear como um privilégio poder lavar os pés dos irmãos mais pobres, o que implica conquistar a liberdade de perder o próprio tempo com as necessidades alheias. A experiência do serviço é uma experiência de grande liberdade em Cristo.
E é aqui que, invariavelmente, se encontra Deus e se entra em sintonia com Ele, não sendo difícil descobrir a vontade de Deus sobre o mundo e sobre cada um de nós, obtendo as forças para a cumprir com alegria. É a partir desta perspectiva que se percebe que o mundo precisa de vocações abertas à vida. Mas de uma vida percebida a partir da familiaridade com o mistérios divino, que saibam celebrar a experiência de Deus e aponta-lO no quotidiano.
Mas precisa sobretudo de comunidades conscientes da sua vocação, que sejam capazes de mostrar uma Igreja livre, aberta, dinâmica, comprometida com a história e que assume os sofrimentos do povo. Acolhedora para todos e promotora da justiça, logo atenta aos pobres. Nada preocupada com a estatística ou em colocar muros na sua ação.

Só uma vocação/santidade assim será capaz de levar Deus aos cidadãos do hoje.

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