A educação cristã na Web VII

Em termos eclesiais[1], o desafio consiste em fomentar a aprendizagem básica dos recursos tecnológico — a literacia digital — ao serviço da educação cristã, para, depois, capacitar os agentes de pastoral para a adaptação do conhecimento[2], gerando novos conhecimentos — a literacia mediática[3]
À instituição eclesial, como comunidade de sentido, é pedido, então, que ofereça ordem, que organize e configure a herança do que há que transmitir, imunizando o coletivo contra a desordem e a agressão, fazendo território no espaço virtual. A Igreja, ao ser sacramento universal de salvação, tem na Encarnação do Verbo o modelo para a sua ação, procurando perceber como é que a palavra de Deus fez caminho na humanidade. À luz do dogma de Calcedónia, a Igreja é convidada a refletir o modo como as ideias — o virtual — podem ser atualizadas, ganhando corpo. Percebido este processo, as experiências crentes podem fazer o caminho inverso e ser também virtualizadas[4]


[1]Vejam-se os diversos estudos publicados em H. Campbell(Ed.), Digital Religion. Understanding religious practice in new media worlds, ed. Routledgs, New York 2013.
[2]Cf. P. Dias, «Comunidades de educação e inovação na sociedade digital», in Educação, Formação & Tecnologias4 (2012) 2, 4-10.
[3]Cf. F. C. Palleta, E. P. Maldonado, «Informática e tecnologia: apropriação e produção de conhecimento na Web 3.0», in Proceedings of World Congresso in Communication and Arts7 (2014) 343-346. 
[4]Cf. P. LévyCyberculture, Editions Odile Jacob, Paris 1997; IdemQué es lo virtual?, Ed. Paidós, Barcelona 1998.

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