Recursos Educacionais Abertos



Neste post, e com hiperligações que ele permite, podemos aprender provavelmente (porque ninguém pode dizer tudo) tudo sobre as OER’s.
Começo por realçar a partilha de um e-book sobre as tecnologias aplicadas ao ensino(TIC). Na sua versão ‘wiki’ o leitor pode usufruir de um OER, que após obter e efectuar o login poderá manusear, sempre dentro das permissões dadas.
De facto, um dos factores que mais potenciaram a difusão dos recursos educativos abertos foi a rápida evolução das tecnologias da informação, onde o computador tem um papel de catalisador e aglutinador.
A educação enfrenta hoje dois grandes desafios: ampliar o alcance da educação e da melhoria da sua qualidade. As soluções a que nos habituamos no passado nõ serão suficientes, nomeadamente no contexto actual da sociedade do conhecimento. A partilha dos OER’s oferece uma solução para estender o alcance da educação e expandir as oportunidades de aprendizagem.
A UNESCO tem contribuído para uma consciencialização global sobre OER’s.
Basicamente, as questões que se colocam hoje à reflexão são:
- Como as TIC’s podem ser utilizadas para acelerar o desenvolvimento em direcção à meta da ‘educação para todos e ao longo da vida’?
- Como as TIC’s podem propiciar um melhor equilíbrio entre ampla cobertura e a qualidade na educação?
- Como as TIC’s podem contribuir para conciliar a universalidade e especificidade local do conhecimento?
- Como pode a educação preparar os indivíduos e a sociedade para que eles dominem as tecnologias que permeiam crescentemente todos os sectores da vida e possam tirar proveito delas?
Depois de elencar estas questões, convém não esquecer que as TIC’s são apenas uma parte de um contínuo de tecnologias. Depois, as TIC’s, como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais. Por fim, várias questões éticas e legais, como as vinculadas à propriedade do conhecimento, ao crescente tratamento da educação como um produto comerciável, à globalização da educação face à diversidade cultural, interferem no amplo uso das TIC’s na educação. Daqui se conclui que as OER’s para serem bem aproveitadas têm de estar enquadradas dentro de um âmbito educativo amplo e bem estruturado.
Mas voltemos ao post. Está um post de leitura simples, o que facilita a acessibilidade, com informação actual e que tem bom-humor. Veja-se o modo como critica a UNESCO por não disponibilizar o Open Educational Resources: Conversations in Cyberspace!
Permite o acesso à partilha de muitas ferramentas através de 80 Open Education Resource (OER) Tools for Publishing and Development Initiatives (2007). Se o acesso à educação deve ser aberto, gratuito e com uma boa fundamentação, aqui temos um bom exemplo disso. Porque tem acesso a publicações, tem OER’s que podem ser usadas off-line, como seja o caso de artigos e livros de uso aberto. Possibilita também o acesso ao OER Commons, uma referência incontornável!
Daqui posso concluir que a partilha e a busca de e sobre OER's está bem conseguida. A preocupação pela acessibilidade também está presente.




Valorizei este post porque considero ser um exemplo daquilo que na nova sociedade emergente, a sociedade em rede (Castells), pode e deve ser valorizado: a partilha. Esta postula que os recursos educativos para o ensino e aprendizagem, estejam disponíveis gratuitamente na Internet, com a respectiva salvaguarda da licença e direitos de autor, que possibilite o uso e adaptação livres.
Os OER’s surgiram inspirado no sucesso do movimento de software livre e da iniciativa OpenCourseWare do Massachusetts Institute of Technology. Estão cada vez mais presentes no Âmbito do ensino e da aprendizagem. O objectivo é disponibilizar cursos e conteúdos de forma livre e aberta. Os OER’s são recursos voltados para o ensino, aprendizagem e pesquisa, disponibilizados de forma livre e aberta para a sociedade em geral, nomeadamente a académica. Entre estes recursos incluem-se os conteúdos digitais de aprendizagem, ferramentas de apoio o desenvolvimento e uso destes conteúdos, bem como os demais recursos necessários para a disponibilização destes conteúdos e cursos de uma forma livre a aberta.
Neste post, a propósito de um evento - workshop sobre Recursos Educacionais Abertos, ocorrido na USP – o autor dá a informação do que lá se passou, mas também possibilita, através dos links, que o leitor possa conhecer e aprender o mínimo sobre os OER’s: quer no tocante ao conceito – aponta para uma página muito rica da UNESCO, cheia de informações e recursos –; quer no que diz respeito à sua abrangência nas políticas de ensino internacionais, apontando para a Declaração do Cabo, sobre a aprendizagem aberta. Aí se diz expressamente: "Estas estratégias representam bem mais que o que há que fazer. Constituem um sábio investimento no ensino e a aprendizagem para o século XXI. Farão possível o redirigir fundos dos caros livros de texto para uma melhor aprendizagem. Ajudarão aos professores a destacar em seus trabalhos e outorgarão mais oportunidades para uma maior visibilidade e impacto global. Acelerarão a inovação no ensino. Dar-lhes-á aos estudantes um maior controle sobre sua aprendizagem. Estas estratégias para qualquer são sensatas".

Em síntese, através deste post o leitor poderá ter acesso a uma grande abrangência de informações recursos OER’s. Pode ficar a saber o que são!


Por último, este trata-se de um post onde a autora tem uma abordagem crítica sobre os OER’s, aplicando-lhe a análise SWOT, muito usada na gestão, e que eu já tive a oportunidade de comprovar da sua eficácia. Da leitura deste post, e do blog em geral, fiquei com a ideia de que a Autora olha para as OER’s com um certo pé-atrás. Esta relutância tem a ver acima de tudo com as adaptações que se fazem das ferramentas, bem como da qualidade que estas têm, ou nem por isso. Coloca também a questão do futuro da educação, onde as OER's têm um papel preponderante e por isso não podem ser negligenciadas.
Os pontos fracos que apresenta este post, nomeadamete a qualidade, pode ser e é facilmente ultrapassável quando vemos a proveniências dos OER’s, se estão alojados e provêm de instituições credíveis.Mas valorizei, este post, também por apresentar uma opinião partilhada por outras pessoas com quem discuto estes temas. Embora de modo informal, não deixa de gerar grandes debates! E nestas coisas convém ter presente também a vox populi, para estarmos conectados com as diversas percepções da realidade.

Comentários

  1. Olá Luís,
    Consultei o primeiro Post e gostei particularmente do “Handbook of emerging Technologies for learning”, embora todos os outros links contenham informações bastante pertinentes.
    Realmente o papel da tecnologia na transformação do ensino foi revolucionário.
    È claro que para aumentar a criação e utilização dos OER´s, é necessário uma mudança quer de atitudes, quer de mentalidade por parte de todos os intervenientes no processo ensino/aprendizagem.
    Realmente, os educadores manifestam interesse em melhorar, quer o ensino quer as “boas” práticas, no entanto, resistem fortemente às mudanças, a tudo aquilo que seja diferente daquilo a que estão habituados, relutância em utilizar as tecnologias para preparar materiais e disponibilizá-los, em partilhar, em colaborar, em expor os seus trabalhos.
    O Ensino deve ser o mais abrangente possível , ao acesso de todos e para todos “os bolsos”.
    Os OER´s surgem no sentido de estarem disponíveis para todos, livres de custos (licenças livres) e com qualidade. Esta qualidade pode ser comprovada através de certificados.
    Quanto maior for o número de utilizadores/produtores de OER´s, maiores serão as possibilidades de aceder a um ensino livre.
    Telma Jesus

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  2. Luís,
    A relutância que refere no seu post, que tem a ver essencialmente com a qualidade é legítima e, dessa forma, é importante que sejamos críticos não só enquanto criadores mas também enquanto pesquisadores.
    É necessário, também, uma mudança quer de atitudes, quer de mentalidade.
    Como refere a Telma no comentário, quanto maior for o número de utilizadores/produtores de OER´s, maiores serão as possibilidades de aceder a um ensino livre e de qualidade.


    Teresa Fernandes

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  3. Olá Luís
    No seu post faz referência ao binómio tecnologia/REAs.
    Realmente penso que é impossível falarmos de REAs sem nos referirmos à tecnologia. Quando refiro tecnologia, estou a pensar por um lado no hardware (computadores e periféricos) e por outro no software.
    No que concerne ao hardware, este tem evoluído de tal forma que o preço hoje a pagar por um equipamento médio, está ao alcance de muitos (ainda não, de todos).
    Em relação ao software, com o aparecimento do movimento software livre e com a sua evolução alguns problemas relativos ao custo foram ultrapassados.
    Resolvidas ou atenuadas as duas primeiras questões, devemos apostar na divulgação e implementação dos REAs.
    Partilho da preocupação sobre a qualidade, no entanto, penso que com a partilha dos conhecimentos e com a construção colaborativa, a qualidade irá naturalmente aparecer.

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  4. Olá Luís,

    No inicio desta unidade curricular aprendi muitas coisas sobre os REA. Agora ao observar o teu primeiro post pensei, aqui está um bom post para caloiros nesta temática. Já tinha conhecimento do site "80 Open Education Resource (OER) Tools for Publishing and Development Initiatives". Este site tem a particularidade de cativar os interessados pelos REA por conter uma vasta lista de ferramentas muito boas. Os problemas na educação são grandes de mais para serem resolvidos com os REA. Mas sem dúvida que a aplicação dos REA iriam ajudar a ultrapassar muitas das barreiras actualmente existentes na educação. Os REA iriam permitir que um maior número de pessoas tivessem acesso a um conhecimento que de outra fora seria impossível. Muitos são os REA que estão disponíveis num conjunto variado de línguas. A partilha dos REA permite a partilha de um vasto saber.
    Mónica Velosa

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